Greve Global pelo Clima: Protesto político-cultural acontece dia 29/11 no Largo da Batata em SP

Imagem de divulgação da Greve Global Pelo Clima de novembro de 2019, em São Paulo

Mobilização está sendo organizada pela Coalizão pelo Clima São Paulo, articulação que reúne diversas entidades e indivíduos

Acontece no dia 29 de novembro, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo mais um grande ato da Greve Global pelo Clima. A mobilização que nesta edição toma forma de um protesto político-cultural tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o colapso do clima e cobrar por ações efetivas de combate às mudanças climáticas. As atividades terão início às 16h e seguirão até às 21h no Largo da Batata. 

A programação que está sendo construída de forma coletiva, prevê apresentações musicais e falas de especialistas e ativistas. Estão confirmadas as participações dos grupos Cabaré Feminista, Black Slam, Toré Indígena e da poeta Kimani. Também haverá banquinhas de conversa sobre diversos temas ligados às mudanças climáticas.

Esse é o segundo grande ato organizado pela Coalizão pelo Clima, uma articulação ampla, suprapartidária e democrática composta por mais de 80 entidades e diversos ativistas individuais que lutam contra a crise do clima em diversas frentes. 

Em 20 de setembro de 2019, atendendo a um chamado global do movimento Fridays for Future encabeçado pela jovem sueca Greta Thunberg, a Coalizão mobilizou mais de 10 mil pessoas de diferentes idades para manifestação que se concentrou e marchou pela Avenida Paulista. Ao todo, mais de 6 milhões de pessoas saíram às ruas nesta data em protestos realizados no mundo todo. 

A Greve Global pelo Clima do dia 29 de novembro tem financiamento coletivo, feita por meio de crowdfunding. O valor arrecadado será usado para garantir, entre outras necessidades, a vinda de povos originários para o ato, confecção de cartazes, faixas e panfletos, aluguel de equipamentos de segurança, aluguel de palco e estrutura de som e a compra de lanches e água para crianças e convidados. 

Paralelamente à organização dos atos da Greve Global pelo Clima, a Coalizão organiza debates e conversas para informar a população sobre variadas vertentes das mudanças climáticas, como racismo ambiental e justiça climática. Seus membros também fazem formações sobre o tema em escolas públicas e particulares. Informar a juventude é um passo fundamental: hoje, são os jovens de diversos países que mais pressionam a sociedade a tomar atitudes contra as mudanças climáticas. Inspirados pelo ato inicialmente solitário da adolescente indicada ao Prêmio Nobel da Paz Greta Thunberg, saem aos milhares pelas ruas às sextas-feiras. 

A greve escolar pelo clima se tornou o movimento global Fridays For Future – que integra a Coalizão pelo Clima São Paulo –, uma potente forma de protesto para chamar a atenção de populações, empresas e governos em relação à intensificação da crise climática no planeta que ameaça o futuro da civilização. Em São Paulo, os jovens serão mais uma vez protagonistas da Greve Global pelo Clima e estarão unindo forças nesse protesto. 

Uma pesquisa conduzida em julho deste ano pelo Datafolha apontou que 85% dos brasileiros acreditam que a Terra está se aquecendo e 72% acreditam que a causa é a atividade humana. Entre cientistas, o consenso está em 99% e 97%, respectivamente. Publicado na revista BioScience, no dia 5 de novembro, um manifesto assinado por 11 mil cientistas de 153 países  afirma que inequivocamente “a Terra está enfrentando uma emergência climática e alerta que “as mudanças climáticas podem provocar sofrimentos sem precedentes”. No entanto, o relatório aponta saídas e medidas cruciais para evitar o pior. 

Diante das ações do governo federal, que vão do desmonte do Ministério do Meio Ambiente à negação da ciência e a divulgação de fake news, agir em defesa dos biomas nacionais e dos povos originários que os resguardam é mais do que um direito: é um dever.

Lembrando que durante o ano de 2019 tivemos um agravamento ainda maior da crise socioambiental na qual o país está imerso. Em janeiro, houve rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, que deixou 249 mortos e 21 vítimas desaparecidas.

Em agosto, o aumento do desmatamento da Amazônia chamou a atenção do mundo em função da fumaça das queimadas. Segundo o INPE, o desmatamento atingiu 9.762 km² entre agosto de 2018 e julho de 2019, um aumento de 30% em relação ao período anterior e a maior taxa registrada desde 2008.

Há ainda o vazamento de óleo de petróleo cru no Brasil que atingiu mais de 2 mil quilômetros do litoral das regiões Nordeste e Sudeste, a liberação e entrada de mais 51 tipos de agrotóxicos no mercado brasileiro (que agora soma 290 substâncias permitidas) e as mortes de lideranças indígenas – em agosto, do cacique Emyra Waiãpi e, em novembro, de Paulinho Guajajara –, além de ataques recentes aos acampamentos Abril Vermelho, Doroty e Irany, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) nos municípios Casa Nova e Juazeiro, na Bahia. 

Sobre a Coalizão pelo Clima

A Coalizão pelo Clima São Paulo foi criada na capital do estado, em junho de 2019, como uma articulação de sociedade civil, entidades e organizações não-governamentais, partidos políticos, autonomistas e indivíduos que atuam em defesa do meio ambiente. Sua primeira grande ação é a organização da Greve Global pelo Clima.

Informações:

Contatos:

coalizaoclimasp@protonmail.com / Twitter: @coalizaoclima_sp  / Facebook: Coalizão pelo Clima  / Instagram: @coalizaoclimasp

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